terça-feira, 26 de julho de 2011

Katia Cilene destaque dos Jogos Militares, jogou pela seleção principal 12 anos

Ela nasceu em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, já se fingiu de menino para jogar bola, quase apanhou na rua por causa disso, e enfrentou a resistência da mãe e dos sete irmãos (ainda tem uma irmã) quando resolveu trocar o atletismo pelo futebol. Aos 34 anos, a jogadora Katia Cilene é um belo exemplo de caso bem sucedido no combalido futebol feminino brasileiro, que tem em Marta, eleita cinco vezes a melhor do mundo, seu cartão de visitas. 


Destaque nos jogos militares com a amarelinha, a marinheira Katia abre um sorrisão e diz que só tem a agradecer ao futebol. Em plena forma e de bem com a vida, ela é, pela segunda temporada seguida, atacante titular do Paris Saint-Germain, após ter jogado no Lyon, também da França, no San Jose CyberRays, dos Estados Unidos, e no Estudiantes e no Levante, ambos da Espanha. Nas suas andanças pelo mundo, que começaram em 2001, quando foi jogar a liga americana, conquistou definitivamente a independência financeira, expandiu os horizontes, conheceu países que nem imaginava e se tornou poliglota. Hoje, fala inglês, espanhol, francês e italiano, e concilia o esporte com a faculdade de marketing esportivo: 

— Eu aproveitei e aproveito tudo que o futebol me deu, consegui explorar as chances ao máximo. Sempre soube que não poderia desperdiçar as oportunidades. Posso dizer que vivo bem, consegui ajudar a minha família. Minha mãe tem casa própria, lá em Padre Miguel. No seu aniversário do ano passado, eu a levei para conhecer Paris. Ela ficou muito feliz, contou para todo mundo. Sei que é muito orgulhosa de mim. 


Adeus à seleção principal em 2007

Katia começou a jogar futebol aos 16 anos, por diversão. Até então, era no atletismo que apostava todas as suas fichas de um futuro melhor. Primeiro no Vasco, depois na Mangueira, competiu nos 110 metros com barreira e no heptatlo, modalidade pela qual se tornou campeã pan-americana em 1995, na Venezuela.

— Eu conheço a Katia desde os 9, 10 anos. Nós começamos juntos no atletismo. Lembro que, quando cheguei ao Vasco para fazer um teste, os técnicos, Solange e Perón, disseram que eu só entraria para equipe se a vencesse. Eu olhei aquela negrona e pensei: “Ai, meu Deus, e agora?”. Mas corri e acabei chegando antes dela — lembra o tenente Daniel Gonçalves, técnico da seleção feminina. — Ela é como uma irmã. A gente se entende só de olhar. 

Embora promissora no atletismo, era no futebol que fazia mais sucesso. Nas peladas dos meninos do bairro, Katia era sempre escolhida, para desespero dos irmãos, que acabavam sobrando na divisão dos times. Das lembranças desse tempo, uma é imbatível. 

— Todo mundo que cresceu comigo em Padre Miguel lembra. Ia ter um campeonato no bairro e os meninos, que sabiam como eu jogava, ficaram insistindo para eu entrar. Eu, então, resolvi prender todo o cabelo para trás, coloquei uma atadura nos seios e fui para o campo. Quando eles entravam no vestiário, eu ficava sentada do lado de fora. Até que o técnico de um outro time começou a desconfiar. Eu consegui fingir um pouco, mas não teve jeito. Ele descobriu, começou uma briga, eu saí correndo, os outros meninos querendo me bater... E aí, quando cheguei em casa e disse para minha mãe, quase apanhei de verdade — conta, às gargalhadas.

Bom-humor à parte, o preconceito sempre existiu. Ninguém na família aceitava e sua mãe não entendia por que iria começar a fazer outra coisa, e logo “um esporte de homem”, se estava tão bem no atletismo. Mas os resultados vieram. Em 1994, Katia começou a jogar no Vasco. No ano seguinte, já estava na seleção brasileira, pela qual atuou por 12 anos. Neste período, foi quarta colocada nas Olimpíadas de Atlanta-1996 e de Sydney-2000, eleita a melhor jogadora da liga americana em 2002 e artilheira do Brasil no Mundial dos Estados Unidos, em 2003, com quatro gols. Nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, acabou cortada por causa de uma lesão no joelho direito. O desligamento da equipe veio em 2007, segundo ela, sem traumas.

— Não foi uma saída brusca. Foi uma renovação natural. Eu já tinha tido meu ciclo na seleção, que foi muito grande, e que me abriu muitas portas — afirma a jogadora, antes de comentar a eliminação do Brasil pelos Estados Unidos nas quartas de final do Mundial deste ano, na Alemanha. — Eu queria muito que a seleção chegasse longe. Mas, agora, é começar de novo. O difícil é que não tem como comparar. Você vai à Alemanha, aos Estados Unidos, é uma estrutura incrível. Aos 5 anos, uma menina americana já está de chuteira, caneleira, jogando futebol, com os pais à beira do campo. O que acontece aqui com os meninos é natural lá com as meninas.

Na França, Katia também não tem do que se queixar. O campeonato feminino lota os estádios, elas usam o moderno centro de treinamento do PSG, o mesmo do time masculino, e o clube paga moradia e carro para as jogadoras. Algumas chegam a ganhar até R$ 45 mil por mês, uma quantia impensável para os padrões nacionais. Por enquanto, completamente adaptada a Paris, ela não pensa em aposentadoria e não imagina o que ainda lhe reserva o futuro. Melhor assim:

— Sempre que planejei alguma coisa, acabou acontecendo outra. Agora, eu vou vivendo. Não programo mais nada.





Fonte:  Extra Online

domingo, 24 de julho de 2011

Brasil Campeão! Mais um show de Kátia Cilene, e ouro nos Jogos Militares


A seleção brasileira de futebol feminino conquistou a medalha de ouro nos Jogos Mundiais Militares neste domingo, ao derrotar a Alemanha por 5 a 0, em São Januário, na decisão do torneio. A equipe verde-amarela fechou a competição invicta em quatro jogos, com 24 gols, 11 deles marcados pela artilheira Kátia Cilene. Contra as alemãs, a camisa 9 deixou mais dois para garantir o título brasileiro. Dani Batista, que esteve na Copa do Mundo da Alemanha no início do mês, fez mais dois gols e Bárbara também marcou.
Katia Cilene comemora gol do Brasil contra a Alemanha nos Jogos Militares (Foto: Photocâmera )Kátia Cilene comemora gol do Brasil contra a Alemanha nos Jogos Militares (Foto: Photocâmera )
Preocupada com o ataque brasileiro, a Alemanha entrou em campo com a proposta de se defender. Durante os 10 minutos iniciais, o time europeu se manteve todo em seu campo, sem dar muitos espaços para o ataque do Brasil, que dominava a posse de bola. Aos 13 minutos, a primeira chance clara da seleção surgiu nos pés de Maycon, que chutou por cima. Dois minutos depois, foi a vez de Kátia Cilene acertar o travessão ao completar cruzamento de Michele.
Aos 20 minutos, as brasileiras sofreram o primeiro susto, quando Vanessa Skrodde recebeu sozinha pela esquerda e cruzou rasteiro. A bola passou na frente do gol e ninguém completou. Bastou para acordar o Brasil: aos 23 minutos, Kátia Cilene recebeu lançamento na direita, driblou a zagueira e chutou no canto esquerdo, anotando seu 10º gol na competição. Na comemoração, a centroavante perfilou as companheiras, que bateram continência e arrancaram aplausos da plateia. Um minuto depois, a artilheira deixou sua marca novamente, desta vez cabeçando cruzamento de Dany Barbosa.
Aos 30, a seleção quase ampliou com um chute cruzado de Maycon, que passou raspando na trave direita. Depois disso, o ritmo do jogo pareceu diminuir junto com a chuva fina que começou a cair no estádio, que inclusive afastou a pequena torcida alemã nas arquibancadas - a seleção masculina do país e a equipe feminina dos EUA estavam presentes para apoiar o time de vermelho e se transferiu para as cadeiras cobertas.
O Brasil seguiu dominando o jogo no segundo tempo. Com 13 minutos, Cida quase fez de cabeça. Um minuto depois, Bárbara driblou a goleira e tocou para o gol, mas a zagueira Nina Mittrop evitou o gol. Aos 25 minutos, a arqueira Barbara Legrand evitou o que seria o terceiro gol de Kátia Cilene. A seleção brasileira marcou pela terceira vez aos 27, quando Dani Batista foi derrubada na grande área. Pênalti que a própria atacante vascaína cobrou com maestria, no canto direito. Aos 31, a lateral Michele quase deixou o seu, mas Legrand pegou. Ainda houve tempo para Bárbara deixar o seu, completando cruxamento de Maycon aos 42. Fatura liquidada e os gritos de "É campeão!" começaram a soar na arquibancada. Dani Batista encerrou o jogo com um gol em contra-ataque, driblando a goleira e tocando pro gol vazio.
Na decisão de terceiro lugar, a Holanda derrotou a França por 2 a 0 e ficou com a medalha de bronze.
Fonte: Globo.com

sábado, 23 de julho de 2011

Futebol Feminino: a próxima grande oportunidade


Por MARIA TEREZA PÚBLIO DIAS*
“Se a gente ganhasse o Mundial, teria investimento? Não sei, acho que não. A gente já fez o que fez, e não muda nada”.
Essa foi a mensagem da atacante Cristiane, assim que as Canarinhas voltaram da Alemanha, depois de perder para os Estados Unidos nas quartas de final do Mundial Feminino.
Desde que a Copa do Mundo feminina começou a ser disputada, em 1991 o Brasil esteve presente em todas as competições.
Em 1999 ficou em 3º lugar e em 2007 perdeu a final para a Alemanha.
Temos a melhor jogadora do mundo, Marta! Cinco vezes eleita pela FIFA (consecutivas), fez quatro gols na Alemanha e se igualou à atacante alemã Birgit Prinz em números de gols marcados em Copas do Mundo (14).
Mas “só” isso parece não adiantar para que o futebol feminino brasileiro tenha mais apoio.
O bom futebol e a falta de experiência que nossas atletas mostraram são resultados do talento nato das meninas e da falta de preparação para competições importantes como a Copa do Mundo e Olímpiadas.
Antes de ir para a Alemanha, o Brasil fez apenas um amistoso contra o Chile, time que hoje está em 44º  no ranking da FIFA e não participou da Copa do Mundo.
Enquanto os Estados Unidos (1º lugar no ranking da FIFA) fizeram diversos amistosos, sendo um deles contra o Japão, time com quem jogaria a final da Copa, dia 17 de Julho. Os Estados Unidos acabaram perdendo para o Japão, que durante toda a Copa mostrou que além de garra, contou com uma nação inteira apoiando suas atletas durante toda a competição.
Os problemas da seleção brasileira começam mais embaixo.
Em 1999 os Estados Unidos trouxeram para casa a taça de campeãs.
Desde então, o país mudou em relação ao futebol feminino. Em 2001 foi criada a primeira liga feminina no país, a WUSA, que  durou apenas dois anos, por falta de investimentos. Em 2008 a liga atual, WPS (Women’s Professional Soccer) foi criada e continua a desenvolver atletas profissionais no país. Hoje a liga conta com 6 times, entre eles o Western New York Flash, onde atuam duas brasileiras, Marta e Maurine. De acordo com o técnico do time, Aaron Lines, a liga tem ajudado a preparar as jogadoras para grandes campeonatos como o Mundial e as Olimpíadas.
Além de ter uma liga profissional,  o desenvolvimento das atletas nos Estados Unidos começa por volta dos 16 anos, quando a maioria das jogadoras esta’ se preparando para começar a faculdade. Hoje, nos Estados Unidos, de acordo com a NCAA (National Collegiate Athletic Association) cerca de 380 faculdades associadas têm time de futebol feminino. As atletas são disputadas pelas faculdades e recebem apoio (bolsa de estudos, alimentação e moradia) durante os quatro anos de estudo.
De acordo com o censo do IBGE, temos 17.5 milhões de meninas entre 10 e 19. Essa é a idade em que a maioria das meninas aqui nos Estados Unidos começa a se envolver com o esporte e participar de campeonatos nos clubes em que treinam. Durante o ano letivo, as escolas participam de competições e quando as atletas estão no período de férias escolares, os pais as colocam nos famosos “camps” americanos, onde têm chance de melhorar ainda mais suas habilidades e onde começam a aparecer para os famosos “olheiros” de faculdades.
O Brasil tem, é claro, tradição em futebol, vontade também. E principalmente um público que com certeza estaria interessado em torcer pelo seu time feminino, como mostram os números recordes de tuites na final do feminino e a audiência também recorde das transmissões de TV durante a ultima copa feminina,  na Alemanha.
Esse é o grande diferencial entre os Estados Unidos e o Brasil. Com uma liga estável, as americanas conseguem se preparar melhor para grandes competições, enquanto as brasileiras não conseguem ter um calendário de jogos fixo e times com estrutura para competições. A seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo este ano tinha 15 jogadoras que atuam no Brasil, sendo 6 do Santos. As outras, ou jogam fora do Brasil ou estão sem clubes. A goleira Andrea e a atacante Cristiane em entrevistas após a derrota contra os Estados Unidos, deram seus diagnósticos:  “Só raça e vontade não ganham Mundial. Só raça, vontade e confiança não ganham medalha olímpica. Tem que ter, sim, pessoas que queiram trabalhar sério pelo futebol feminino”, disse Andréa.  Já a atacante Cristiane lembrou que a Liga Americana (WPS) continua investindo pesado, não importam os resultados.
Diversas brasileiras passaram pela liga americana nos últimos anos. Formiga, Cristiane, Marta, Maurine, sendo que as duas últimas atuam no WNY Flash (NY). Esse é o terceiro clube pelo qual Marta joga nos EUA. Os dois anteriores ao WNY Flash foram campeões da liga. Hoje o time de Marta está em segundo lugar, com grandes chances de terminar em primeiro e trazer mais um título para o currículo dessa grande jogadora.
Marta fez com que a popularidade do esporte crescesse. Tornou-se um ídolo,  reconhecida e querida por onde vá. Nos jogos em casa, crianças de todas as idades lutam para conseguir um autografo ou uma foto. Muitas chegam horas antes do jogo só para ver a jogadora descer do ônibus. O WNY Flash vive dias de sucesso,  no estado de Nova Iorque depois que trouxe Marta para jogar aqui. Ingressos para os jogos vendem como água e quando os fãs ligam para comprar ingresso a pergunta é sempre a mesma: “A Marta vai jogar?”.
A pergunta óbvia é: por que uma atleta brasileira que é a melhor jogadora do mundo não está jogando em uma liga no Brasil? Por que não temos crianças brasileiras jogando futebol e dizendo que quando crescerem querem ser igual à Marta?
A Copa do Mundo feminina que terminou no dia 17 de Julho foi transmitida pelo maior canal de esportes dos Estados Unidos (a ESPN) que fez uma cobertura completa, transmitindo todos os jogos nos seus dois canais e também pela internet. De acordo com a revista Bloomberg, durante a final entre Estados Unidos e Japão o canal atingiu uma média de 8.6% de audiência. Doze anos atrás, em 1999, quando os EUA jogou a semifinal contra o Brasil o canal teve uma audiência de 3.2%. Pra se ter uma ideia, o jogo da liga de Basebal nos Estados Unidos obteve apenas 6.9% de audiência (e era o jogo dos “All-Stars”, que tem os melhores jogadores do país.)
Além disso, durante a partida, foi batido o recorde de tuítes por segundo. De acordo com o G1 e diversos jornais pelo mundo, a média foi de 7.196 tuítes por segundo durante a partida. Durante a disputa de pênaltis entre Brasil e Paraguai a média foi de 7.166 tuítes por segundo.
Esses indicadores mostram que o futebol feminino vem crescendo e tem chances de se tornar ainda maior. O futebol é um esporte de tradição no Brasil e agora é a vez do país abraçar essa oportunidade. As Canarinhas da Granja Comari contam com os mesmos patrocinadores da selecão masculina (Nike, Itaú, VIVO, Guaraná Antártica, SEARA, Nestlé, Extra, Gillette, Wolkswagen, TAM), mas não é o suficiente para que as atletas estejam preparadas para competições de grande porte. Ao contrário da seleção feminina dos Estados Unidos, o time também conta com os mesmos patrocinadores da seleção masculina (American Airlines, All State, AT&T, Budweiser, Castrol, DICK’S, Gatorade, El Jimador, Kumho Tires, Nike, Pepsi, VISA), mas o suporte e a preparação que o time recebe nem se compara a seleção brasileira. O “Team USA”, como são conhecidas por aqui, conseguem aproveitar os benefícios que os patrocínios trazem para as duas seleções. O resultado nós podemos ver dentro de campo, um time mais estabilizado, melhor preparado e com um background que não se compara ao país do futebol.
A mesma tecla vem sendo batida nos últimos anos: as meninas lutam e fazem o máximo possível para trazer alegria ao povo brasileiro. Mas sem investimento, sem organização, essas meninas vão continuar batendo na trave e o futebol feminino também.
*Maria Tereza Públio Dias é mestranda em Administração Esportiva na Universidade Canisisus, Buffalo, EUA, e estagia no WNY Flash, o clube onde joga a também brasileira Marta.


[Blog Juca Kfouri]

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ranking feminino da Fifa

Veja as 20 primeiras colocadas do ranking feminino da Fifa

1) Estados Unidos, 2.162
2) Alemanha, 2.146
3) Brasil, 2.121
4) Japão, 2.101
5) Suécia, 2.085
6) Inglaterra, 1.997
7) França, 1.981
8) Canadá, 1.953
9) Austrália, 1.946
10) Noruega, 1.940
11) Itália, 1.934
12) Coreia do Norte, 1.927
13) Dinamarca, 1.888
13) Holanda, 1.888
15) China, 1.870
16) Coreia do Sul, 1.851
17) Islândia, 1.848
18) Espanha, 1.816
19) Finlândia, 1.811
20) Rússia, 1.809



O resultado final da Copa do Mundo Feminino de Futebol, disputada na Alemanha, não interferiu na posição da seleção brasileira no ranking da Fifa, atualizado nesta sexta-feira. Eliminado pelas norte-americanas nas quartas de final, o Brasil segue na terceira colocação, com 2.121 pontos. 

A seleção dos Estados Unidos permanece na liderança da lista. A equipe vice-campeã mundial está com 2.146 pontos e é seguida pelas alemãs. Anfitriã da Copa do Mundo, a Alemanha foi eliminada nas quartas de final pelo Japão e agora está com 2.121 pontos. Já o Japão, que faturou o título mundial, é o quarto colocado, com 2.101 pontos. 

A Suécia, que caiu nas semifinais para a seleção japonesa ocupa o quinto lugar, com 2.085 pontos, à frente da Inglaterra, que subiu quatro posições após parar nas quartas de final no Mundial.

País-sede da próxima Copa do Mundo, em 2015, o Canadá perdeu duas posições e agora está em oitavo lugar, atrás da França, e à frente que Austrália e Noruega, que completam, em sequência, as dez primeiras colocações da lista. 

A Coreia do Norte perdeu quatro posições e está em 12º lugar no ranking da Fifa. Eliminada na primeira fase da Copa do Mundo, a seleção está sob investigação da associação após cinco jogadoras serem flagradas em exames antidoping durante o torneio.



Fonte: ESPN.com.br

Brasil goleia e está na final dos Jogos Militares


A equipe masculina decepcionou ao ser eliminada nos pênaltis nas semifinais, mas as meninas do Brasil fizeram bonito e garantiram vaga na decisão do futebol dos Jogos Mundiais Militares. Nesta sexta-feira, a seleção brasileira feminina confirmou o favoritismo, venceu a Holanda por 5 a 0 e fez a festa da torcida verde-amarela no estádio Giulite Coutinho, em Edson Passos. A atacante Kátia Cilene marcou três vezes, disparou na artilharia com nove gols e foi o destaque do time mais uma vez.



O Brasil começou no ataque e largou na frente com um gol de cabeça de Kátia Cilene, aos 21 minutos. Os outros quatro gols saíram na etapa final. Kátia, de pênalti, fez o segundo, aos três minutos, e Maycon em chute cruzado marcou o terceiro, aos 16. A artilheira Kátia, sempre ela, anotou o quarto, aos 19, após completar de primeira na área. A quatro minutos para o fim do jogo, Bárbara, com um bonito peixinho, selou a goleada por 5 a 0.
- Sabíamos que seria preciso trabalhar forte para não dar chance à Holanda e conseguimos fazer isso dentro de campo. Eu não conto os meus gols. O Meu objetivo é ganhar a medalha de ouro - disse Kátia, após a partida.
Com três vitórias no torneio feminino (França, Canadá e Holanda), o Brasil enfrenterá a Alemanha na decisão, que fez 4 a 1 na França, também nesta sexta. A final vai ser realizada no próximo domingo, às 11h, em São Januário.
- Será um duelo difícil, pois sabemos a força da Alemanha no futebol feminino. Estamos confiantes nessa conquista para o Brasil - afirmou o tenente Daniel Gonçalves, técnico da seleção canarinho.


A disputa pela medalha de bronze acontece às 9h, com o duelo entre Holanda e França. Os Jogos Militares serão realizados até próximo domingo no Rio de Janeiro, com cerca de 4 mil atletas de 112 países.




Fonte: Globo.com

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Campanha: Live Your Goals


Atualmente, 29 milhões de meninas e mulheres jogam futebol no mundo todo. O esporte também pode ser para você: junte as amigas e venha nos ajudar a aumentar esse número!
Bater bola é fácil e divertido. Se você quer manter a boa forma, a saúde e o alto astral, o futebol pode ser o esporte certo para você. Junte-se a uma equipe da sua cidade e, quem  sabe, você poderá representar o seu país na próxima Copa do Mundo Feminina da FIFA em 2015 no Canadá!

Live Your Goals A campanha Live Your Goals é protagonizada por algumas das melhores futebolistas do momento, que viverão o sonho de disputar a Copa do Mundo Feminina da FIFA deste ano na Alemanha.
O objetivo dessas meninas e mulheres era seguir carreira no futebol. Realizar essa meta deu a elas a oportunidade de viajar pelo mundo e curtir experiências incríveis na trajetória rumo ao estrelato. Mas é claro que qualquer um pode praticar o esporte, independentemente de quais sejam as suas aspirações.
A campanha mostra que os sonhos podem se transformar em realidade, pouco importando os obstáculos que existam no caminho. Através das histórias de craques como a alemã Kim Kulig, a canadense Christine Sinclair e a neozelandesa Rebecca Smith, entre muitas outras,  que você também pode alcançar com paixão e comprometimento pelo esporte.
A FIFA deseja que a Live Your Goals seja uma inspiração para a próxima geração de jogadoras nos quatro cantos do planeta.
Fonte: Fifa.com

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Erika cobra mais apoio da CBF


Erika, zagueira da seleção brasileira, participou nesta terça-feira do programa "Primeiro Tempo", do Bandsports. A jogadora de 23 anos comentou sobre a eliminação para os Estados Unidos na Copa do Mundo e acha que falta mais experiência para o futebol feminino nacional. Por isso, cobrou da CBF mais investimento em amistosos no exterior.


"Falta um pouco mais de ajuda da CBF para a gente fazer amistosos lá fora. Porque chega lá e a gente sente a falta disso", opinou. “Conheço todas as jogadoras dos Estados Unidos. E é nítida diferença de força física do nosso país para elas, para a Europa... A brasileira com a bola no pé é muito habilidosa, mas falta essa experiência de conviver mais com isso.”

A brasileira também lamentou a derrota nos pênaltis e saiu em defesa de Daiane, que havia feito um gol contra na partida e desperdiçou uma das cobranças. “As pessoas só lembrar de falar o que ela fez de errado. Mas não dizem que ela salvou um gol em um momento complicado.”

Também eximiu de culpa o técnico Kleiton Lima e afirmou que pediu para não cobrar o pênalti. "Ele perguntou quem estaria em condições de bater o pênalti. Eu disse que não queria, que não aguentava mais. Não conseguia nem mais chutar a bola. Mas a galera estava confiante. Infelizmente não deu. Não sei o que acontece."

Trechos da entrevista:

Marta dependência

"Falam que a Marta leva a seleção nas costas, mas não é bem assim. A gente sabe o potencial dela, mas tem outras jogadoras importantíssimas. A Rosana abriu o placar. A Cristiane tem muito potencial. A seleção brasileira tem um conjunto muito bom." 

Mudança de comando

"O Kleiton é o melhor técnico do momento. Também está cotado o Jorge (Barcellos) para assumir, que é muito bom. Esteve com a gente nas Olimpíadas. Não pode vir qualquer pessoa. Às vezes indicam um treinador. Mas tem experiência com o futebol feminino? Entende nosso corpo?"

Torcida pelo Japão

"Estava torcendo pro Japão na final com os Estados Unidos. Conhecemos algumas meninas do Japão e elas falam da dificuldade que é. Estão iguais a gente. Vimos a luta delas. Os Estados Unidos não têm essa dificuldade, tem muitos recursos. Vou falar a verdade, não queria ver o jogo após a nossa desclassificação. Aí minha mãe começou a falar o placar e vi no final que as japonesas fizeram por merecer."

Fonte: eBand

Japão recebe campeãs do mundo de futebol como estrelas

O Japão deu à sua seleção feminina de futebol um tratamento de estrelas de rock em seu retorno ao país após uma deslumbrante conquista do título na Copa do Mundo da Alemanha. Pouco habituadas a celebrações, as jogadoras cruzaram o salão de chegada do aeroporto de Tóquio diante de centenas de fãs que tiravam fotos.

"Não nos demos conta de que havíamos ganhado o Mundial até que aterrissamos no aeroporto de Narita", disse a jornalistas a capitã Homare Sawa, eleita a melhor jogadora do torneio e a artilheira da competição.

"Nunca vi tanta gente chegar para nos receber", acrescentou a talismã das "Nadeshiko" - apelido da seleção e o nome de um tipo de cravo rosa que simboliza a graça e o estoicismo. "Foi alucinante".


Campeãs mundiais, jogadoras da seleção japonesa recebem condolências em Tóquio
Campeãs mundiais, jogadoras da seleção japonesa recebem condolências em Tóquio
Crédito da imagem: Reuters
Depois, as jogadoras tiveram que enfrentar uma multidão de 300 jornalistas com a taça da Copa do Mundo, o troféu de melhor jogadora de Sawa, a Bola de Ouro e o troféu de Fair Play brilhando entre elas.

Responsáveis pelo primeiro título mundial conquistado por um país asiático, as atletas se deram conta de uma grande façanha: derrotar os Estados Unidos nos pênaltis na final de domingo, em Frankfurt.

Até Sawa, autora de 80 gols em 173 partidas pela seleção, se mostrou emocionada e cobriu a boca com a mão em um típico sinal japonês de vergonha.

"Escutei um rumor de que havia muita gente, mas esse é como um evento da equipe masculina", disse o técnico Norio Sasaki. "É outra página na história das Nadeshiko."



Fonte: ESPN.com

terça-feira, 19 de julho de 2011

Comissão vai ouvir Marta e o ministro do Esporte

A Comissão de Turismo e Desporto (CTD) da Câmara dos Deputados quer debater os problemas e avanços do futebol feminino no Brasil. Na terça-feira (12), os deputados aprovaram dois requerimentos que sugerem a realização de audiência pública com a jogadora de futebol Marta Vieira da Silva e com o ministro dos Esportes, Orlando Silva. Os parlamentares querem ouvir de Marta quais os problemas enfrentados pelas futebolistas que tentam a carreira no Brasil. Já o ministro apresentará as políticas públicas para o setor.

Por sugestão do deputado Romário (PSB-RJ), o técnico da seleção brasileira, Kleiton Lima, também será convidado a participar da audiência. “A presença da jogadora Marta é fundamental, mas é importante ouvirmos as experiências do técnico, que certamente também conhece a realidade do futebol feminino”, destaca. 

Os requerimentos foram elaborados pelas deputadas Luci Choinaki (PT-SC) e Jô Moraes (PcdoB-MG).  Na justificativa, elas argumentam que Marta, eleita cinco vezes a melhor jogadora de futebol do mundo, pode sugerir propostas para ampliar as oportunidades das jovens que querem seguir no esporte.  

Romário e o deputado Domingos Neto (PSB-CE) lamentaram a desclassificação da seleção brasileira no Mundial de Futebol Feminino, ocorrida neste fim de semana. No entanto, lembraram que justamente por isso esse é o momento certo para a discussão do assunto. “Infelizmente é um momento triste, mas acredito que o Brasil deve olhar para o futebol, esporte que tanto vem crescido no Brasil”, lembra Domingos Neto.

Já o presidente da CTD, Jonas Donizette (PSB-SP), aponta que a discussão servirá para traçar diretrizes para o esporte, principalmente no que concerne ao incentivo para as jovens, que começam a se interessar pelo esporte. “Temos que valorizar o futebol feminino, esporte que já é famoso no Brasil para as próximas gerações”, considerou.

A audiência pública ainda não tem data definida. Após a aprovação dos requerimentos, a CTD fará o convite formal aos convidados. Após a resposta, a audiência será realizada no segundo semestre, após o recesso parlamentar da Câmara dos Deputados.

Fonte: Diário Popular

Campeã mundial, seleção japonesa é recebida pelo primeiro-ministro


A seleção feminina do Japão, que conquistou domingo o inédito título de campeã mundial ao bater os EUA na decisão, foi recepcionada por Naoto Kan nesta terça-feira em solenidade na residência oficial do primeiro-ministro, em Tóquio. Antes, a delegação já fôra recebida com festa por milhares de pessoas, que a aguardavam no desembarque no Aeroporto de Narita, aproximadamente a 60km da capital nipônica.


Melhor do Mundo: Homare Sawa
De acordo com a meia japonesa Homare Sawa, que não imaginava ser a melhor jogadora do Mundial, nem mesmo a equipe esperava o título.O objetivo das garotas do Japão era, ao menos, garantir a equipe no pódio da competição. "Viemos disputar uma medalha, mas nunca imaginei que iríamos vencer. Também não imaginava ganhar a Chuteira de Ouro além de ser campeã do mundo", declarou. 
Com 35 anos de idade, essa deve ser a última Copa do Mundo de Sawa, que, brincando ainda não acreditar no título, admitiu estar bem leve após garantir um resultado tão importante depois de quatro fracassos consecutivos.
Há 18 anos na seleção, ela se sente feliz com a conquista, depois de muito sofrimento para fazer do esporte uma força no país. "Esta é a minha quinta Copa do Mundo, mas não tinha conseguido nada nas quatro anteriores. Por isso estou muito feliz com o resultado de hoje. Jogo na seleção há 18 anos. A espera foi muito longa. Estou me sentindo muito aliviada, pois passei por momentos difíceis para o futebol feminino no Japão. Nem parece realidade", diz.
Premiada como melhor jogadora do Mundial, além de conseguir o primeiro título da Copa do Mundo na história da seleção, Sawa, que atua no futebol japonês, conseguiu um outro marco: é a atleta com mais idade a garantir o troféu individual. 

Fonte: Globo.com/Terra

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Competentes e diferentes: O futebol feminino fará um favor a si mesmo se permitir as diferenças em relação ao masculino

Em algum ponto da Copa do Mundo de Futebol Feminino, Marta deve ter sido vista como detentora de alguma habilidade atlética que falta a jogadores da seleção masculina brasileira. Foi por isso que, em mais uma partida decepcionante na Copa América, centenas de torcedores gritaram seu nome e evocaram sua presença num estádio argentino - enquanto ela jogava na distante Alemanha.


Mas nesse país, ao contrário, ela era a anti-heroína dos espectadores, tanto que mal podia tocar na bola sem ser acompanhada por apupos de protesto. Por que isso ocorreu? Ninguém realmente sabe. A mídia alemã estava perdida (e um tanto desconsolada), mas Marta poderia perfeitamente ter incorporado a ambiguidade de emoções típica das reações provocadas pela seleção brasileira. Dois momentos da atuação de Erika na Copa ilustram bem essa ambiguidade. Foi ela quem marcou o gol mais artístico do torneio, no jogo contra a Guiné Equatorial, e foi a mesma Erika que recebeu a desaprovação mais intensa quando, perto do fim do segundo tempo contra os Estados Unidos, simulou uma lesão, fez o jogo ficar parado por vários minutos e foi finalmente carregada para fora de campo numa maca - da qual saltou rapidamente quando viu que sua equipe estava sendo pressionada. Ou será que Marta e Erika teriam sido vítimas da frustração dos espectadores alemães que queriam que o Brasil, o outro principal favorito, fosse eliminado, já que a sua equipe havia perdido a partida para o Japão - para descrença geral?
A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2011 havia sido planejada para se tornar uma apoteose desse esporte, apoteose que levaria o futebol feminino a uma nova dimensão de visibilidade internacional - e o evento teve, de fato, mais espectadores (mais de 30 mil por jogo) e mais atenção da mídia (cada jogo era transmitido por uma das duas estações de TV alemãs mais populares) que qualquer copa feminina anterior. O público continuou grande até o fim do torneio, mas sem a menor dúvida todas as altas esperanças subitamente se esvaziaram quando a Alemanha e, em seguida, a seleção brasileira, foram eliminadas. No fim das contas, esse notável megaevento nos deixa com um feixe de emoções difícil de desenredar e ainda mais de analisar.
Visto de longe, ao menos, o que houve com a seleção feminina brasileira lembra muito a história recente da seleção masculina. Havia de novo muito talento (se não ilimitado), mas um nível comparativamente baixo de preparo físico, nenhuma competência estratégica e um trabalho ainda mais fraco da equipe técnica. Alguém deveria ter dito a Marta e Erika que se comportar como cópias pálidas dos superastros da seleção masculina não as tornaria simpáticas a ninguém, especialmente para um público de futebol feminino. E a seleção alemã? Parece que foi incapaz de lidar com a pressão causada por uma grotesca confusão resultante da badalação bem-intencionada da mídia em torno desta Copa. Estou me referindo à confusão pseudofeminista entre a promessa política de igualdade de direitos para as mulheres, de um lado, e de outro a garantia impossível de igualdade de desempenho atlético. Por mais frustrante que isso possa ser para essas jogadoras de futebol, ninguém deveria ter anunciado ou mesmo prometido que seu torneio igualaria as emoções recordadas da Copa do Mundo de Futebol masculino de 2006 na Alemanha.
Várias bolhas estouraram - e surge a questão de se este ano marcará, portanto, um retrocesso na trajetória do futebol feminino. Uma resposta realista é que esse não será definitivamente o caso para os quatro países que passaram às semifinais: para três deles (França, Japão e Suécia), seu sucesso veio como uma boa surpresa e, em razão de circunstâncias específicas da partida de quarta de final contra o Brasil, o futebol feminino se tornou ainda mais popular que nos Estados Unidos. O problema real, porém, o problema não limitado nacionalmente, é outro.
Não foi novidade para qualquer pessoa que realmente conheça esportes, mas a enorme exposição na mídia tornou finalmente inevitável a amarga experiência de que, em termos de desempenho atlético, o futebol feminino sempre estará várias décadas atrás do masculino. Existe alguma reação racional para isso, além da resignação silenciosa? Em um nível abstrato, pode-se tirar a conclusão de que o futebol feminino precisa tomar - ou precisa se dar - o tempo necessário para o desenvolvimento de uma estética própria. Alguns outros esportes, como o tênis feminino, o voleibol feminino ou o slalom feminino, podem servir de exemplos inspiradores e mais específicos nesse caso (esses esportes todos tiveram mais tempo para se formar que o futebol feminino). Exemplos inspiradores porque, embora seja muito improvável que alguma mulher consiga vencer os principais tenistas masculinos numa quadra de tênis, esse fato não impediu o tênis feminino de se tornar tão popular e quase tão bem pago quanto o masculino. De um ponto de vista estético (o que é diferente do ponto de vista de vencer ou perder), o tênis feminino não é nem pior nem melhor que o masculino - é simplesmente diferente. Quem estiver interessado na tensão com frequência agressiva e sempre confrontante de uma partida de saque e voleio preferirá o tênis masculino, enquanto o apelo específico do tênis feminino reside hoje em longas trocas de bola do fundo da quadra, com avanços súbitos à rede. Esses dois tipos diferentes de beleza atlética podem até atrair tipos diferentes de espectadores - e sua diferença não acompanhará necessariamente as divisões tradicionais de gêneros.
O futebol feminino fará um favor decisivo a si mesmo se permitir que diferenças similares (em relação ao jogo masculino) surjam e se destaquem. Nenhum jogador de futebol masculino toca na bola, cruza do meio de campo e faz lançamentos longos chegaram ao seu alvo da mesma maneira que Marta e Cristiane. E algum dia haverá uma razão para dizer que nenhum público de uma partida de futebol masculino assiste ao jogo com o mesmo tom de alegria que os espectadores do jogo feminino. 

Tradução de Celso Paciornik
Hans Ulrich Gumbrecht é Professor de Literatura na Universidade Stanford e autor de Elogio da Beleza atlética (CIA. das Letras)

domingo, 17 de julho de 2011

Festa Nipônica na Alemanha









Fonte: Fifa.com





Premiações da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2011

Bola de Ouro adidas: Homare Sawa (Japão)



Bola de Prata adidas: Abby Wambach (EUA)
Depois de ficar de fora dos Jogos Olímpicos de 2008 devido a uma contusão, a craque americana estave em excelente fase na Alemanha 2011. Com quatro gols, todos marcados de cabeça, Abby Wambach quase conduziu os EUA ao seu terceiro título mundial. Muito rápida, com um faro de gols apurado e garra de sobra, a atacante foi uma pedra no sapato para as defesas adversárias. Além disso, ela chegou a 13 gols em Mundiais Femininos, superando Michelle Akers e se isolando como a maior artilheira dos EUA na história do torneio. Não há dúvidas de que Wambach foi uma das principais líderes da equipe comandada pela técnica Pia Sundhage, mas o seu excelente rendimento não foi o suficiente para conquistar o título.

Bola de Bronze adidas: Hope Solo (EUA)
Ela é a estrela do momento entre as goleiras do mundo do futebol feminino e provou isso de forma impressionante na Copa do Mundo Feminina da FIFA 2011. Hope Solo foi um dos pilares da sua seleção não apenas pela presença em campo, mas também pelos extraordinários reflexos e por um grande controle da grande área. Aliás, ela só foi sofrer o seu primeiro gol no torneio na terceira partida da fase de grupos em uma cobrança de pênalti da sueca Lisa Dahlkvist. Nas quartas de final contra o Brasil, ela conduziu o seu país à vitória na disputa de cobranças de penalidades ao defender o chute da zagueira Daiane. Solo ganhou não apenas a Bola de Bronze adidas, mas também foi eleita a melhor goleira do torneio.

Chuteira de Ouro adidas: Homare Sawa (5 gols, 1 assistência)
Chuteira de Prata adidas: Marta (4 gols, 2 assistências)
A Jogadora do Ano da FIFA dos últimos cinco anos correspondeu às expectativas na Copa do Mundo Feminina da FIFA. Marta foi um perigo constante para as adversárias sempre que estava com a bola. Perfeita tecnicamente e muito veloz, além de ter uma vontade interminável de vencer, ela fez a diferença para a Seleção Brasileira. A atacante não deixou dúvidas sobre a sua qualidade, marcando quatro gols e dando duas assistências em apenas quatro partidas. Infelizmente para ela, o Brasilprecisou voltar mais cedo para casa, logo após a disputa das quartas de final.
Chuteira de Bronze adidas: Abby Wambach (4 gols, 1 assistência)
Luva de Ouro adidas: Hope Solo
Melhor Jogadora Jovem Hyundai: Caitlin Foord (Austrália)
Ela tem apenas 16 anos, mas mostrou um futebol de gente grande no Mundial Feminino. Caitlin Foordfoi uma das principais jogadoras da Austrália e atuou muito bem tanto como volante quanto como lateral direita, deixando claro que tem um belo futuro pela frente. Nas três partidas na Copa do Mundo Feminina da FIFA 2011, Foord brilhou pelas qualidades defensivas e também ofensivas. "Ela tem potencial para se tornar um protótipo da lateral moderna, que é forte na defesa e também se direciona para o ataque", afirmou April Heinrichs, também do Grupo de Estudos Técnicos, em entrevista ao FIFA.com.
Prêmio Fair Play da FIFA: Japão
O selecionado nipônico conquistou o coração dos torcedores na Alemanha com um belo futebol com muitas trocas de passes e categoria de sobra. Além disso, foi também a seleção mais leal do torneio. A equipe comandada pelo técnico Norio Sasaki recebeu apenas cinco cartões amarelos e um vermelho. Com isso, as novas campeãs mundiais definitivamente mereceram o prêmio. Outro gesto que ficará na memória de todos foi o de entrar com uma faixa em campo agradecendo o apoio maciço que o país recebeu após as catástrofes de alguns meses atrás.
Seleção da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2011No total, 21 atletas que mostraram um alto rendimento na Copa do Mundo Feminina da FIFA foram escolhidas para integrarem a seleção do torneio. Para o gol, foram eleitas Ayumi Kaihori (Japão) e Hope Solo (EUA). Na defesa, as indicadas foram Alex Scott (Inglaterra), Laura Georges (França), Érika (Brasil), Saskia Bartusiak (Alemanha), Sonia Bompastor (França) e Elise Kellond-Knight (Austrália). As volantes escolhidas foram Shannon Boxx (EUA), Homare Sawa (Japão), Caroline Seger (Suécia) e Jill Scott (Inglaterra). As meio-campistas ofensivas selecionadas foram Kerstin Garefrekes (Alemanha), Shinobu Ohno (Japão), Louisa Necib (França), Añonman (Guiné Equatorial), Aya Miyama (Japão) e Lauren Cheney (EUA). No ataque, a lista teve Lotta Schelin (Suécia), Marta (Brasil) e Abby Wambach(EUA).
Fonte: Fifa.com