sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Rapidinhas do Paulista Feminino

Sem chances de vaga, técnico da Portuguesa faz análise do campeonato


Após grande campanha na primeira fase do Campeonato Paulista Feminino, a Portuguesa não conseguiu repetir as boas atuações na segunda e não possui mais chances de classificação. Restando apenas um jogo, a equipe não pontuou no Grupo 04 da competição, tendo perdido todas as cinco partidas disputadas.  
Técnico da equipe, Prisco Palumbo fez uma análise sobre o campeonato que disputa pelo segundo ano seguido à frente da Portuguesa. “Tivemos 60% das equipes dentro de um equilíbrio e 40% apenas participaram. E tive problemas sérios com contusões, poderia ter sido melhor”, comentou.
Com apenas três atletas remanescentes da equipe de 2010, Prisco elogiou os destaques da Portuguesa na competição. “A Talita, que foi para os Estados Unidos e é uma grande promessa; a Dil, meia; a Juliete, que infelizmente se machucou e acabou atuando mesmo com a lesão; a Edna, jogadora da Seleção Brasileira; e a nossa capitã, Daiana”.
A Portuguesa se despede do Campeonato Paulista Feminino neste sábado, contra o São José. “Vamos até o final com muita dignidade, e já começar a plantar as sementes para o ano que vem”, finalizou Prisco Palumbo.
A partida será às 10h, no estádio Martins Pereira, em São José dos Campos.

Mesmo eliminado, técnico do Botucatu faz balanço positivo da campanha


Na lanterna do Grupo 03, com apenas um ponto ganho em cinco partidas disputadas, o ABD Botucatu não possui mais chances matemáticas de classificação para a semifinal do Campeonato Paulista Feminino de Futebol. Agora o objetivo é vencer o Rio Preto neste sábado, fora de casa e encerrar a participação de forma honrosa.

O que deixa a diretoria e comissão técnica do ABD Botucatu com boas perspectivas para a próxima temporada é o bom desempenho na primeira fase, onde obteve um aproveitamento de 58% (nove vitórias, dois empates e cinco derrotas) e um considerado saldo de gols: balançou as redes adversárias 46 vezes e sofreu nove gols.
Renato Moral, técnico do Botucatu elogiou a conduta de suas comandadas e comentou que tudo foi dentro do planejado, que era pelo menos chegar à segunda etapa. “Fizemos um grande campeonato, faltou um pouco de experiência para todo mundo, mas o resultado final é bastante positivo. Provamos que possuímos uma boa equipe e que pode lutar pelo título na próxima temporada”, afirmou.
A diretoria garantiu que permanecerá com o treinador em 2012, mostrando que o clube aposta em um projeto à longo prazo e busca  crescimento na categoria feminina, já que este é o segundo ano de existência do ABD Botucatu.

Fonte: FPF - Federação Paulista de Futebol

BRASIL em busca da equipe ideal


A Seleção Brasileira Feminina está concentrada na Granja Comary, onde se prepara para o Pan-Americano de Guadalajara, desde segunda-feira, dia 26.
O grupo que foi convocado para esta competição é diferente do que disputou o Mundial da Alemanha deste ano.  O técnico Kleiton Lima pôde contar com 12 jogadoras que foram à Copa: Bárbara, Thaís Picarte Daiane Menezes, Renata Costa, Maurine, Formiga, Beatriz, Francielle, Thaís Guedes, Grazi, Daniele e Rosana, que se apresentará direto no México no dia 12 de outubro.



Mas, em relação à equipe titular do Mundial, o técnico não tem sete jogadoras: a goleira Andréia Suntaque, Aline Pellegrino, Erika, Fabi, Ester, Cristiane e Marta. O primeiro desafio de Kleiton é montar uma nova formação para a disputa do Pan. Para isso, conta com um grupo heterogêneo, com jogadoras experientes, como Maycon e Tânia Maranhão, e com outras que estão pela primeira vez na Seleção Principal, como Karen, Ketlen e Debora.
Neste terceiro dia de preparação, na parte da manhã, a Seleção Feminina fez um treino técnico. Primeiro, Kleiton dividiu as jogadoras em duplas, que tocavam bola com o objetivo de gol. Em seguida, foram feitas trincas, e a troca de passes continuou.
No final, as atacantes Ketlen, Thaís Guedes, Grazi, Debora e Daniele, e a meio-campo Beatriz treinaram chutes de fora de área para a defesa das goleiras Barbara e Thaís Picarte.
À tarde, foi realizado um treino tático, por ainda estar montando a equipe, o técnico Kleiton fez um trabalho com dois sistemas 3-4-3 e 3-5-2. No campo inteiro, ele trabalhou movimentação de ataque e de meio; e repetição de saída de bola. Primeiro, sem marcação com foco no posicionamento. Depois, com sombra para as jogadoras se desmarcarem e, por último, ataque contra defesa.
O objetivo da Seleção agora é buscar o entrosamento entre as jogadoras, para assim conseguir montar a melhor equipe para representar o Brasil e trazer a medalha de ouro.
- Vamos trabalhar cada jogadora individualmente para formarmos o grupo ideal e trazer o tricampeonato para casa.
A delegação feminina viaja para o México no dia 11 de outubro.
O Brasil faz parte do Grupo B e estreia na competição contra a Argentina, no dia 18 de outubro, às 17 horas (15 horas de Brasília). No dia 20, a Seleção enfrenta o Canadá, também às 17 horas (15 horas de Brasília). E, dois dias depois, 22, a partida será contra a Costa Rica, às 20 horas (18 horas de Brasília).
México, Colômbia, Trinidad & Tobago e Chile formam o Grupo A. Classificam-se paras as semifinais, que começam no dia 25 de outubro, os dois primeiros colocados de cada grupo. A final do futebol feminino do Pan-Americano será no dia 27 de outubro.
Fonte: CBF.com

Seleção Feminina recebe o COB

Depois do almoço na quarta-feira, a Seleção Brasileira Feminina recebeu representantes do Comitê Olímpico Brasileiro para uma palestra sobre o Pan-Americano de Guadalajara. Mas quem deixou a Seleção emocionada foram duas jogadoras.

A judoca Daniela Polzin, medalha de Prata no Pan-Americano do Rio de Janeiro, contou um pouco sobre sua experiência na competição. O técnico Kleiton Lima aproveitou a oportunidade e pediu para que duas atletas que disputaram a competição, em 2007, quando a Seleção Feminina foi campeã, falassem sobre a sensação.
A zagueira Tânia Maranhão, 36 anos, com Mundiais e Olimpíadas no currículo, se emocionou ao lembrar do Pan de 2007.
- Eu nunca vou esquecer do Pan. Na final, o Maracanã estava lotado para nos assistir. A gente não imaginava que todas aquelas pessoas estavam ali por nós, pelo futebol feminino.
Grazi foi a outra jogadora a dar o seu recado:
- Meninas mais novas, aproveitem! O Pan é uma experiência única. O de 2007 foi o meu primeiro e foi inesquecível. Agora, 2011, é o de vocês!
Os integrantes da comissão técnica, as demais jogadoras e os representantes do COB aplaudiram muito as duas.
A Seleção Feminina é bicampeã Pan-Americana: em 2003, em Santo Domingo, e em 2007, no Rio de Janeiro.
Fonte: CBF.com

Futebol de areia também é coisa de mulher

Enquanto as fãs se aglomeram na porta do hotel Copacabana Palace à espera de um aceno das estrelas que vão se apresentar no Rock in Rio, um outro grupo de meninas chama a atenção de quem passa pela Avenida Atlântica, na Zona Sul da cidade. Mas não se trata de nenhuma banda ou cantora internacional, e sim da equipe Geração, campeã da Taça Rio de futebol de areia feminino deste ano.





Além de mostrar habilidade com a bola nos pés, as jogadoras se saíram bem com as palavras e não fugiram das perguntas.
Jogando na areia há oito anos, a goleira Renata Morini é uma das mais experientes do grupo, que reúne quase 30 meninas, cujas idades variam de 15 a 29 anos. Mesmo com a popularização do futebol feminino no país, por conta do sucesso da craque Marta, ela disse que o preconceito em relação às mulheres ainda é grande.
- O preconceito existe. Eu tento lidar com isso da melhor forma possível. O futebol é o esporte em que as meninas mais sofrem com isso. Nos treinos e jogos, tem sempre algum homem que passa falando um gracinha e olhando de uma forma diferente. Mas temos que manter a calma e tentar seguir em frente, pois sabemos das nossas qualidades - destacou a arqueira, de 29 anos.
A estudante de administração Tainara Monteiro é um dos destaques da equipe. Eficiente na marcação, ela chega a ser comparada pelas suas companheiras ao zagueiro Thiago Silva, do Milan e da Seleção Brasileira. A inspiração dela, no entanto, vem de quem joga no ataque.
- No futebol de areia do Brasil existem grandes jogadores como o Júnior Negão e o Jorginho, que é muito habilidoso. Mas os meus ídolos estão no futebol de campo. Tem a Marta, que é uma grande jogadora, a Cristiane e o Ronaldo Fenômeno - afirmou a defensora, de 24 anos.
Na hora de treinar, a vaidade não é deixado de lado. Que o diga a estudante Juliana Viana, de 17 anos. Com uma flor tatuada na perna, piercing no nariz e unhas pintadas, ela ganhou até um apelido: Patricinha.
- Elas brincam comigo porque eu sou a mais vaidosa do grupo, gosto de malhar, correr e vou para academia antes do treino. Quando criança, eu era gordinha, mas fui crescendo, gostando do esporte e me cuidando ainda mais - disse a atacante.
Para fazer bonito dentro de quadra, as jogadoras treinam cinco vezes por semana e mostram muita dedicação. Depois de várias defesas na areia, a arqueira Renata tem apenas uma reclamação a fazer:
- Tirar a areia do cabelo após o treino é a parte mais difícil e levo quase uma hora no banho. O pior é que no dia seguinte é a mesma coisa. Depois de sair do chuveiro, tenho que usar o secador e ficar um bom tempo penteando e escovando os cabelos. Mesmo assim, não dá para tirar tudo - contou ela.
Trabalhando no futebol feminino há dez anos, o técnico Fabrício Santos explica que a maioria das meninas começa a treinar na praia em busca da melhor forma física e toma gosto pelo esporte.
- A menina chega aqui na praia sem nunca ter jogado bola. E chega querendo entrar em forma. Elas saem da academia para vir para a areia. Mas quando começa a trabalhar com bola, acaba gostando também do futebol em si - finalizou o treinador.
Fonte: Globo.com

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Renê Simões: Feminino ou Masculino os princípios são os mesmos

Em termos de comando o que é mais trabalhoso comandar equipes masculinas ou femininas? 
Há uma diferença muito grande, embora os princípios sejam os mesmos. O que você quer:  Um time taticamente disciplinado, fisicamente forte, inteligente, com muito talento e que seja bem harmônico isso você vai nós dois. Agora há muita diferença a psicologia da mulher é diferente.
Elas vêem os detalhes para formar o todo. Nós não.. Nós formamos o todo.
Acaba um treinamento das mulheres você gasta muito mais tempo conversando com elas, elas tem que verbalizar. É uma necessidade. 


Eu tenho uma história fantástica da Elaine, a Bahiana uma lateral direita.
Acabou o treino e ela veio conversar comigo por meia hora. E  ela falava sobre uma jogada que tinha errada e que precisava melhorar nisso e naquilo, eu só concordava sem dizer nada além de aham. 
Ela não queria que eu falasse nada, ela queria apenas verbalizar. É a necessidade dela por ser mulher. 

A Parta da comunicação é igual entre homem e mulher. Ai é igual.. até a bronca é a mesma.
Aconteceu mesmo com a Elaine. Eu me lembro muito bem  que eu chamei a Elaine e falei  aquela cobertura interna você não ta fazendo, vamos corrigir. Cuidado com isso. Uma semana nada, na segunda semana eu falei Elaine eu já falei pra você que aquela cobertura interna tem que melhorar você num tem que fazer isso. Na terceira semana olha Elaine eu to perdendo a paciência com você se você não fizer isso eu vou te tirar do time. Na quarta semana eu já falei como falo com homens, uma linguagem de boleiro, soltei todos os que sabia pra ela. Ela bateu no peito e gritou: È isso ai mesmo professor, falo comigo.
Nunca mais deixou de fazer.

Tanto a mulher como o homem você tem que saber o ponto da comunicação que ela entende, isso é a primeira linguagem dela é como ela foi educada, é o circulo de amizade que ela tem. Tanto vale para o homem como para mulher é a primeira linguagem dele, essa linguagem vai melhorar um pouquinho, mas você tem que falar na linguagem dele, se não num entende. Eu não podia falar com a Elaine com muito carinho. Mas eu num podia falar com a Juliana Cabral dessa forma, se eu falasse dessa forma com a Juliana Cabral matava. 
Tem que saber o ponto, mas num pode perder o principio. O que é disciplina pra um é pra todos, mas a forma como você comunica é diferente. 

Por que você saiu da Seleção Feminina depois das Olimpíadas em 2004?
Eu sai por causa de remuneração. Não tenho problema nenhum em trabalhar com as mulheres, mas se você tem a possibilidade de ter uma remuneração muito mais alta. Se me pagarem como se pagaria  um treinador, não como da seleção principal mas parecido, eu chegaria e ficaria sem problema nenhum. Eu adoraria continuar trabalhando com elas, mas não era possível por causa disso.

Sinclair lidera futebol feminino canadense no Pan e busca pódio


Convocada para os Jogos Pan-Americanos, a atacante Christine Sinclair será a líder da equipe de futebol feminino do Canadá em Guadalajara. A equipe terá uma mistura de jogadoras experientes e novatas e pretende melhorar o desempenho do país no Pan do Rio de Janeiro, quando ficou com a medalha de bronze.

Sinclair, de 28 anos, é uma das únicas jogadoras com experiência em Pans. A atleta marcou oito gols em seis jogos no Rio 2007 e foi uma das principais jogadoras na conquista do bronze. O Canadá está no mesmo grupo que Costa Rica, Argentina e Brasil.
Apesar de acreditar que não faltará espírito competitivo canadense no Pan, o técnico da seleção canadense, John Herdman, o principal objetivo da equipe em Guadalajara será ganhar experiência e seguir confiante para o qualificatório da Olimpíada de Londres 2012.
Para o Pan, Herdman está confiante na equipe canadense escalada, no entanto apontou Brasil e México como os favoritos a ouro.
A equipe do Canadá não é a mesma da Copa do Mundo realizada na Alemanha, em julho deste ano. Na ocasião, o país não conquistou nenhuma vitória e passou pela saída da treinadora Carolina Morace. Seis jogadoras que participaram da competição ficaram de fora do Pan.
Fonte: Terra.com

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Viana-MA muda imagem com ex-vascaína inspirada em R10 - E é semifinalista na Copa do Brasil


Há dois anos, o Viana ficou conhecido no cenário nacional por ter feito nove gols em nove minutos em jogo polêmico contra o Chapadinha, o que garantiu a volta à primeira divisão do Campeonato Maranhense. Polêmicas à parte, desde então, a equipe oscila, e, neste ano, voltou a disputar o torneio de acesso. Mas essa é a história do time masculino. A trajetória da equipe feminina é bem diferente, com direito a ex-jogadora do Vasco virando a casaca e mudando o ritmo da equipe com comemoração de "Parado na esquina", do rubro-negro Ronaldinho Gaúcho.

Enquanto os homens respondiam a questões relacionadas à vitória por 11 a 0 de 2009, um grupo de mulheres, que eram jogadoras amadoras, foi formado para defender o azul e branco no campeonato estadual. Os primeiros anos foram de aprendizado, mas, em 2011, chegou a hora de elas brilharem. Campeãs maranhenses e semifinalistas, invictas, na Copa do Brasil, as meninas, que receberam reforço de atletas profissionais, como Corrêa, a fã de R10, estão levando o nome do Viana de volta aos holofotes. Só que, dessa vez, sem polêmica.



- Espero que aquilo tudo que falaram do masculino não se repita, mesmo não tendo sido responsabilidade nossa. Não tenho dúvida de que nossa imagem vai ser outra agora com o feminino. É muito importante para o clube voltar a ser citado com uma notícia positiva. O objetivo é chegar à final e encher de orgulho a cidade que já torce muito por elas – disse o presidente do Viana, José Carlos Costa, que também citou o trabalho da diretoria, com Silvana e Vitorino, para o sucesso da campanha na Copa do Brasil.



Em cinco jogos na competição nacional, a equipe teve quatro vitórias e um empate, somando 13 gols e sofrendo cinco. Passou por Oratório (AP), Amazônia (AC) e Tuna Luso (PA). Campanha que deixou o técnico Marlon Francisco orgulhoso. Há dois anos no comando do time, o treinador contou que é emocionante ver como as jogadoras estão sendo recebidas pelos habitantes de Viana, cidade com cerca de 50 mil habitantes, que fica a 225km da capital do estado, São Luís.
- Moramos em uma cidade antiga, de um povo de princípios, que não entendia bem essa história de futebol feminino. Tinha até um certo preconceito. Não acreditava que passaríamos nem da primeira rodada. Hoje temos torcedores que aplaudem de pé na rua, fazem questão de parabenizá-las. Do mais novo ao mais velho. Elas quebraram barreiras, com certeza. São a bola da vez - afirmou Marlon.
A superação dos limites também chegou ao profissionalismo das atletas, cujas idades variam entre 15 e 26 anos. Elas se dedicam somente ao futebol, porém ganham apenas uma ajuda de custo, entre R$ 300 e R$ 400, segundo o técnico. Mas se o salário ainda não é equivalente ao dos homens, o estádio é o mesmo. O Viana pode treinar diariamente no Djalma Campos, com capacidade para cerca de 4 mil pessoas, ou no campo da prefeitura. Durante competições, as atividades são em dois períodos.

Para a Copa do Brasil, a diretoria responsável pelo time feminino investiu na contratação de atletas da Bahia, do Pará e do Rio de Janeiro. Uma delas virou a artilheira do time: Corrêa, que foi a goleadora do Vasco na Taça Nova Iguaçu, em 2010. A atacante já marcou seis gols na competição nacional e parece ter esquecido o lado cruz-maltino. Na hora das comemorações, é um craque do Flamengo que a inspira. 
- Ronaldinho Gaúcho é o cara. Admiro muito o futebol dele, a personalidade que tem. Aqui já rolou "Parado na esquina" e tudo – brincou a jogadora, citando a comemoração que o meia rubro-negro costuma fazer quando marca um gol.
Nas semifinais da Copa do Brasil, o Viana enfrentará o Vitória-PE. Foz Cataratas-PR e Rio Preto-SP disputam a outra vaga na decisão. E se depender de Corrêa e do técnico Marlon, ainda haverá muitas dancinhas por aí.
- Sonhar nunca é demais – concluiu o treinador.
Fonte: Globo.com

Final de futebol feminino marcou Dia Internacional da Paz no Rio

Torneio entre as comunidades da Rocinha e Babilônia terminou em vitória de 5 a 2 para a Rocinha; troféu foi entregue pelo diretor do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil, Unic-Rio, Giancarlo Summa.


As Nações Unidas marcaram o Dia Internacional da Paz, no Brasil, no último dia 21, com um torneio de futebol feminino formado por comunidades cariocas. 
Ao todo, oito equipes disputaram o torneio, todas formadas por meninas de favelas como Santa Marta, Borel, Cidade Alta, Keto,Vila Canoas, Chapéu Mangueira, Babilônia e Rocinha. A final foi realizada no Complexo Esportivo da Rocinha, que possui cerca de 4,5 mil alunos cadastrados.
Alunos Cadastrados

Rocinha e Babilônia/Chapéu Mangueira disputaram a final do campeonato, organizado pela Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro, Faferj. A Rocinha venceu a partida por 5 a 2.
A capitã do time, Ingrid Alves, de 14 anos, recebeu o troféu das mãos do diretor do Centro de Informação das Nações Unidas, Unic-Rio, Giancarlo Summa. E Ingrid agradeceu a vitória.
“Hoje é um dia de paz, de harmonia, alegria. Foi difícil, todas as meninas jogaram muito bem e estão de parabéns, como a gente”, disse.
Já o troféu e as medalhas das vices-campeãs foram entregues pelo ex-ministro do planejamento, João Paulo dos Reis Veloso.
Para o presidente da Faferj, Rossino de Castro Diniz, o esporte é uma forma de elevar a auto-estima dos moradores de favelas cariocas e ajuda a combater o consumo das drogas.
“Também há Martas nas favelas. E hoje, aqui, eu vi Marta aqui, esquecida. A Faferj procura mostrar isso”, disse, em referência à atleta Marta Vieira da Silva, eleita a melhor jogadora do mundo pela Fifa durante quatro anos consecutivos e também embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas.
O chefe do Unic-Rio lembrou que 21 de setembro ainda era uma data simbólica para as mulheres brasileiras por ser o dia do primeiro discurso de uma mulher na abertura dos debates da Assembleia Geral com a presidente Dilma Rousseff.

Fonte: Radio Onu

Homare Sawa - Capitã e Campeã do Mundo Pelo Japão

Saiba um pouco mais de Sawa a baixinha de 1,64m e 55kg que veste a camisa 10 da seleção japonesa impressionou muita gente ao ser artilheira da Copa do Mundo de futebol feminino de 2011 com 5 gols. Esse feito contribuiu para que recebesse a Bola de Ouro da Fifa - prêmio dado à melhor jogadora do torneio.


Homare Sawa nasceu em 6 de setembro de 1978 em Fuchu, uma cidade da região metropolitana de Tóquio. Incentivada pelo irmão, ela jogou em times do colégio e, pasmem, estreou na primeira divisão da Liga Japonesa aos 12 anos, em 1991, no Yomiuri Bereza. A competição havia sido criada dois anos antes e, nas três primeiras temporadas como profissional, ela conquistou três títulos da L. League e um da All-Japan Womens Soccer Championship - versão feminina da Copa do Imperador.

Suas atuações no clube, no qual ficou até 1998, lhe renderam uma oportunidade na seleção japonesa aos 15 anos, em 1993. E ela não decepcionou: logo na primeira partida, contra as Filipinas, ela marcou quatro gols na goleada por 15 a 0.

De lá para cá, Sawa já conta 18 anos de serviço no time nacional, o que lhe rendeu a posição de referência no elenco e a faixa de capitã no último domingo. Sobre o assunto, a companheira Miyama foi direta. "Ela é uma jogadora divertida e generosa, nós temos muita sorte de tê-la como nossa capitã", disse. "Nós a amamos."



Sawa não inspira somente as companheiras - as adversárias também. A grandalhona Abby Wambach, que já jogou no mesmo time que a japonesa em 2009 e 2010, o Washington Freedom, se rendeu ao talento da camisa 10 nipônica. "Eu literalmente não poderia estar mais feliz por ela, por ser um ícone em seu país, por carregar o seu time, estou muito orgulhosa dela e do que ela já fez", afirmou, antes da final da Copa do Mundo de 2011.

As duas últimas temporadas, porém, não foram as primeiras de Sawa fora do Japão. Em 1999, ela fez parte do elenco do Denver Diamonds, após sair do Yomiuri Bereza. No ano seguinte, ela estrearia pelo Atlanta Beat, da antiga Womens United Soccer Association, que existiu até 2003. Nesse clube, ela fez história ao marcar o primeiro gol da equipe em partidas oficiais. 



Com o colapso da liga norte-americana em 2003, Sawa se viu sem opções e retornou ao futebol japonês. Ela assinou com o seu antigo clube, o Yomiuri Beleza, que havia mudado de nome para NTV Beleza em 1999.

Na equipe, ela conquistou mais quatro títulos da L. League, nos anos de 2005, 2006, 2007 e 2008, sendo uma peça importante no meio campo. No total, foram 64 jogos e 40 gols com a camisa do ramo feminino do Tokyo Verdy. Em 2005, 2006 e 2008, ela também faturou os títulos da All-Japan Womens Soccer Championship.

Nesse meio tempo, Sawa foi convocada para todas as Copas do Mundo de 1995 em diante. Em 1996, o futebol feminino foi incluído como esporte olímpico, e, em 2008, o Japão conseguiu seu melhor resultado: um quarto lugar após perder para a Alemanha por 2 a 0.

Em 2009, depois da reestruturação da liga americana com a Womens Professional Soccer, ela voltou a jogar em terras ianques - dessa vez, pelo Washington Freedom. Sawa foi a primeira escolha da equipe no draft - à frente de atletas como Sinclair, Renata Costa, Rosana, Ester e Tancredi.

Lá, a camisa 10 japonesa teve como companheiras Abby Wambach, Sonia Bompastor, Lisa De Vanna e Erin McLeod - nomes que vimos na Copa do Mundo recente. 



Nessa equipe, Sawa não conquistou nenhuma taça e saiu em 2010, devido às dificuldades financeiras vivivas pelo Freedom. Em 2011, um empresário do ramo de telefonia comprou o time, que trocou de nome: hoje se chama magicJack, e tem sede em Boca Raton, na Flórida.

Então, ela voltou a jogar em sua terra natal, desta vez pelo INAC Kobe Leonessa, base da atual seleção japonesa. Lá, ela tem como companheiras Kaihori, Kinga, Tanaka, Kawasumi, Ohno e Takase, que foram para a Copa.

Pela seleção japonesa, Sawa é a recodista de partidas, tanto pelos homens quanto pelas mulheres. Após a Copa, ela chegou à marca de 172 jogos e 80 gols pelas Nadeshiko.

"Eu sou parte da seleção há 18 anos, então foi uma longa espera [pelo título]. Eu vivi os tempos difíceis do futebol feminino no Japão e eu me sinto aliviada", disse a atleta ao site oficial da Fifa. Sobre a partida final, ela contou: "Nenhuma de nossas jogadoras desistiu, e elas deram duro até o último minuto. Eu pensei que seria difícil para nós, mas não desistimos e foi assim que chegamos ao título."

Modesta, Sawa dividiu os prêmios que recebeu. "É absolutamente incrível ganhar esses troféus, mas eles não são para mim. O time teve grande participação na conquista desses prêmios que eu não posso ter um orgulho pessoal por recebê-los", afirmou.




Com a delicadeza de uma flor de cerejeira, Homare Sawa conquista fãs no mundo todo. Seus passes precisos, sua visão de jogo e suas comemorações singelas fazem dela uma das mais respeitadas e queridas jogadoras de futebol feminino da história.

Rapidinhas do Paulista Feminino

Classificada, Francana não sabe se terá atletas poupadas ante Ferroviária


Na vice-liderança do Grupo 04 do Campeonato Paulista Feminino de Futebol, com 12 pontos conquistados em cinco partidas, a Francana já consumou a sua classificação para a fase semifinal antecipadamente, mesmo assim o pensamento da comissão técnica é vencer na última rodada a eliminada Ferroviária e tentar atingir a primeira posição. Esta partida pode significar uma oportunidade às reservas, porém a treinadora ainda não confirmou se fará as modificações.   
Silvia Roncari, técnica da Francana, comentou sobre a possibilidade de poupar as principais jogadoras, mas sem perder a qualidade. “Nos trabalhos táticos definirei a equipe titular. Estamos tranquilas porque agora temos opções no elenco com um nível técnico satisfatório”, afirmou.

Sobre a adversária que busca terminar a competição de forma honrosa, a comandante não acredita em vida fácil. “A Ferroviária possui uma equipe muito boa, tiveram dificuldades nesta fase, mas não tenho dúvida que precisaremos de muito empenho e atenção, independentemente de quem for entrar em campo”, analisou Roncari.
Para Silvia o sonho de conquistar o título da competição virou realidade, em razão da excelente campanha nesta etapa e que não irá se intimidar com a possível adversária na semifinal, que pode ser o Centro Olímpico, Santos ou Rio Preto. “Enfrentamos obstáculos no começo, superamos as adversidades, vencemos seis partidas consecutivas e agora queremos o título, que seria um prêmio a todo mundo que conviveu nestes momentos”, relatou a treinadora.

Após alcançar liderança da chave, São José prega foco na última rodada


Com o resultado positivo frente a Francana por 2 a 0, pelo Campeonato Paulista Feminino, o São José garantiu sua vaga na próxima fase e, de quebra, é líder do Grupo 04 com os mesmos 12 pontos da Francana, porém com vantagem no saldo de gols. 
O treinador da equipe de São José dos Campos, Márcio Antônio, falou um pouco da partida contra a equipe da cidade de Franca. “Foi uma vitória com sabor especial, afinal havíamos perdido para elas na partida em nossa casa. Respeitamos o time delas, mas conseguimos nos impor e fazer o resultado. Estou satisfeito com o rendimento da equipe nessa partida”, disse.
Antônio aproveitou para pedir empenho à equipe no último jogo desta fase, perante a Portuguesa. “Será um jogo difícil, mas por ser em nossa casa temos que partir para cima. Caso vençamos, garantiremos a primeira colocação na chave, o que nos dá vantagem na fase seguinte da competição. Vamos atrás dessa vitória”, finalizou.
O jogo entre São José e Portuguesa será neste sábado (01), às 10h, no estádio Martins Pereira.


Técnico da Ferroviária, Douglas Onça diz sentir orgulho da equipe



Mesmo vencendo a Portuguesa, por 1 a 0, fora de casa, a Ferroviária se despediu do Campeonato Paulista Feminino restando uma rodada para o término da competição. Com seis pontos, na terceira colocação do Grupo 04, a equipe do técnico Douglas Onça não tem mais chances de classificação, já que Francana e São José ocupam as primeiras posições, com 12 pontos ganhos. 
Apesar da eliminação precoce, o técnico Douglas Onça enalteceu a campanha da Ferroviária durante todo o estadual. “Estou orgulhoso, pois o trabalho foi realizado com muita seriedade. Na primeira fase nós fomos muito bem e ainda chegamos a vencer os Jogos Regionais disputando simultaneamente o Campeonato Paulista. Estávamos esperando a classificação, até porque tínhamos time para isso, entretanto saímos de cabeça erguida”, avaliou o comandante.
A Ferroviária ainda cumpre tabela pelo Grupo 04 neste sábado (01), às 10h, diante da Francana, no estádio Arena da Fonte, pela última rodada da segunda fase do Grupo 04 do Campeonato Paulista Feminino.

Fonte: FPF - Federação Paulista de Futebol

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Jamaica demonstra compromisso com futebol feminino

A FIFA e a Federação Jamaicana de Futebol (JFF) promoveram o Seminário "Com-Unity" de Futebol Feminino em Kingston, capital do país caribenho, entre 19 e 22 de setembro. A atividade teve o objetivo de auxiliar a desenvolver o futebol feminino da Jamaica em todas as suas categorias.



"Escutei atentamente a todos os treinadores e participantes do seminário, e a opinião foi unânime: este seminário é o que de melhor poderia acontecer para impulsionar o desenvolvimento do futebol feminino no nosso país", afirmou na cerimônia de encerramento o presidente da federação, capitão Horace Burrell. "Sinto-me encorajado, empolgado e pronto a prosseguir", complementou.

Mais de 70 participantes de 14 associações regionais da JFF, clubes femininos, grupos comunitários, representantes da imprensa e patrocinadores compareceram aos quatro dias de seminário. Os objetivos, de acordo com a JFF, foram: atrair mais moças para a prática do futebol na Jamaica; fomentar a consciência sobre o esporte em toda a ilha; envolver mais mulheres nos aspectos técnicos do esporte, nas funções de treinamento, administração e arbitragem; e, por fim, construir parcerias com organizações locais, entre elas o governo.

Carolina Morace, uma das embaixatrizes do Futebol Feminino da FIFA, fez um relato envolvente e inspirador sobre as suas experiências na modalidade. Morace, ex-jogadora da seleção italiana, atuou recentemente como treinadora do Canadá na Copa do Mundo Feminina da FIFA 2011.

Ao longo da semana, a imprensa deu grande destaque à presença e ao trabalho de Morace na Jamaica, e ela foi muito solicitada para entrevistas em diversos canais de TV, rádios e jornais.

Elementos necessários ao desenvolvimentoRepresentantes da JFF compartilharam desafios, oportunidades e metas para o futebol feminino da Jamaica, estabelecendo o compromisso de criar Comitês Femininos em cada uma das 14 federações regionais do país. Atenção especial também será dada à organização de quatro seminários regionais sobre futebol feminino, um em cada confederação.

Os representantes também enfatizaram os elementos necessários ao desenvolvimento do futebol feminino na Jamaica. Eles recomendaram uma estrutura de apoio ao esporte em todo o território da ilha com um caminho claro de formação para as jogadoras, instalações adequadas e qualidade no ensino de treinamento e arbitragem, além de estratégias de comunicação e marketing específicas para o futebol feminino.



Fonte: FIFA.com

Universidade americana veta participação de lateral brasileira no Pan


A seleção brasileira feminina de futebol teve uma baixa para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. A poucos dias da apresentação na Granja Comary das 22 atletas que irão disputar a competição, o técnico Kleiton Lima não poderá mais contar com a lateral-esquerda Rafaelle Leone, a Fafá. Para o lugar da jogadora, o treinador brasileiro convocou a volante Maria Aparecida, do Vitória/PE.
Única atleta convocada que atua no exterior, Fafá não foi liberada pelo Ole Miss, equipe de futebol da Universidade do Mississipi (Estados Unidos). Em documento encaminhado à CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a universidade alegou que o Pan não faz parte do calendário oficial da Fifa. Pela mesma razão, jogadoras como Marta e Cristiane não foram convocadas para a competição no México.
  
O Brasil está no Grupo B e estreia no Pan no dia 18 de outubro contra a Argentina. Depois volta à campo nos dias 20 e 22 contra, respectivamente, o Canadá e a Costa Rica