O uniforme é igual para todas. Mas até mesmo no dia a dia dos treinamentos, Maurine arruma um jeito de se destacar pelo visual. O rabo de cavalo preso do lado é a marca registrada, mas o relógio rosa, o perfume, os cremes e até o lápis nos olhos dão o tom da vaidade da lateral-direita que é uma das referências da Seleção Brasileira feminina de futebol que disputa os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
Fora de campo, Maurine não dispensa as roupas justas e acessórios como os brincos e saltos. Mas para ela, até mesmo o jogo exige uma prepação no visual digna de festa. Antes de uma partida, ela se submete a um ritual que, se teoricamente não influencia o desempenho em campo, aumenta a autoestima e faz jus ao título de musa da Seleção feminina.- Isso de ser musa é o que falam, mas não sei de nada (risos). Mas é verdade que sou muito vaidosa. Toda hora me olho no espelho para ver como estou, isso é algo que me faz bem. Antes dos jogos, seco o cabelo e passo lápis nos olhos. Creme e perfume também não podem faltar - diverte-se.
Vaidosa no campo e agitada fora dele
E Maurine não chama a atenção apenas pela aparência. Nas viagens e concentrações da Seleção, são comuns o sorriso e as brincadeiras com as companheiras. Sempre grudada no seu fone de ouvido, escuta pagode e MPB, seus gêneros preferidos. Algumas vezes, as jogadoras mais experientes sofrem com seu jeito extrovertido.
- A gente precisa estar sempre de olho na Maurine. Ela brinca com todo mundo e alguns momentos a gente fala para ela se concentrar. Não pode desviar o olho dela um minuto sequer - brincou a zagueira Tânia Maranhão.
A lateral, que defende o Santos, concorda que concentração não é o seu forte. Nos treinos, ela não deixa de conversar e brincar com as demais companheiras, mas afirma que sua personalidade combina com responsabilidade.- Realmente eu sou muito agitada. Não posso ver ninguém quieta que já vou em cima. Mas é verdade que as meninas estão sempre de olho em mim.
Maurine era uma das mais empolgadas da Seleção feminina na festa de abertura dos Jogos Pan-Americanos. Mas a lateral lembra que a comemoração que deseja é a da medalha de ouro. Seria também uma forma de amenizar a frustração da derrota nos pênaltis para os Estados Unidos no Mundial da Alemanha, em julho deste ano.
- Está sendo uma experiência nova. Sempre vi os Jogos pela televisão e não tinha a ideia de como era. Queremos esquecer o Mundial, e vencer o Pan será a melhor resposta - destacou.
Fonte:: Globo.com
