O ato de insubordinação da atacante Daniele Batista, do São José, custou caro para a jogadora. A atleta, que se recusou a ser substituída no segundo tempo da final da Libertadores Feminina, foi demitida na manhã desta terça-feira.
As Meninas da Águia venceram o Colo Colo-CHI por 1 a 0, no último domingo, com 15 mil pessoas no estádio Martins Pereira e conquistaram o inédito título internacional. Mas a atitude de Daniele - contratada justamente para a competição - deixou esse registro triste, que repercutiu no país inteiro.
“Ela foi mandada embora. A Daniele não é o perfil de atleta para vestir nossa camisa”, afirmou o técnico Márcio Oliveira.
“Ela faltou com o respeito comigo, com as colegas, com a Fabiana Loirão, que ia entrar e com a torcida. Ela desrespeitou a marca São José”, disse.
Porém, para a perplexidade geral, ela gesticulou se recusando a sair do gramado, fato que gerou revolta entre as companheiras.
Assim, a atacante que marcou quatro gols no torneio ficou em campo até o final.
Porém, toda a vez que pegava na bola, era vaiada pela torcida.
A zagueira e capitã Bagé, uma das que tentou convencer Daniele a sair de campo, ainda tenta compreender a atitude da colega. “A gente não entendeu muito o que ela fez. Jamais esperávamos isso, é uma coisa complicada. Não sei o que se passou na cabeça dela”, disse
Outro lado. No domingo, logo após a partida, justificou a atitude dizendo que “queria ser campeã dentro de campo”. “Não me arrependo de nada”, disse Daniele, que lembrou até o episódio envolvendo o meia Paulo Henrique Ganso, do Santos, no ano passado, quando se recusou a deixar o campo contra o Santo André, na final do Campeonato Paulista.
