Sissi foi a camisa 10 da primeira geração de destaque internacional da seleção brasileira. Saiu de Esplanada, na Bahia, para conquistar o terceiro lugar com o Brasil na Copa do Mundo de 1999, nos Estados Unidos. Foi artilheira daquele Mundial, com sete gols e conquistou uma Bola de Prata pela Fifa.
Foi a duas Olimpíadas e só não conseguiu subir ao topo do pódio de uma grande competição pelo Brasil. Ainda assim, não pensa que será esquecida devido ao sucesso de Marta.
— Fiz minha história e ninguém pode apagar isso. Meu nome vai estar lá quando falarem do futebol feminino. Eu, Pretinha, Kátia Cilene... A gente abriu as portas para a nova geração. Eu sou a número um. Não tenho ciúmes dela. Ontem fui eu, hoje é ela e amanhã será outra — diz.
Ela lembra que Marta tem uma trajetória parecida com a dela. Ambas vêm do Nordeste, com infância pobre, encontraram as oportunidades fora do Brasil e correram atrás. Em campo, eram iguais em um aspecto: são canhotas.
— As pessoas têm mania de comparar, mas temos estilos diferentes. Eu era jogadora de criação, tinha visão de jogo diferente. A Marta pega mais a bola, parte para cima e finaliza mais. Eu não fazia isso — afirma.
